Há muito tempo, o Natal era mais simples, mas tão mais verdadeiro. Não havia Pai Natal a prometer presentes impossíveis, nem o brilho falso do consumismo a ofuscar o real significado desta data. Era o Menino Jesus que trazia a luz aos corações, a verdadeira estrela que guiava as famílias unidas em torno da mesa, do amor e da partilha.
Naquele Natal de outrora, o maior presente era a presença. Um abraço sincero tinha mais valor do que qualquer embrulho dourado. A alegria estava no olhar, nas mãos estendidas e no calor de sermos um só coração, juntos.
Hoje, o Natal parece perdido entre o brilho das lojas e o frenesi das compras. As prendas tornaram-se símbolos de um afeto que já não se expressa com palavras, mas com etiquetas de preço. O tempo para abraçar foi trocado por filas e listas intermináveis.
Mas será que podemos resgatar o Natal verdadeiro? Aquele que vive na simplicidade de um sorriso, na humildade de um perdão, na riqueza de um abraço? É tempo de lembrar que o Natal é de todos e para todos. Que o milagre está em pequenos gestos, em palavras que aquecem, em silêncios que confortam.
Que este seja o Natal de voltar às raízes. Um Natal onde o Menino Jesus encontre espaço em cada coração e onde a família seja novamente o grande suporte da vida. E, se houver algo a oferecer, que seja amor, porque este não se gasta, multiplica-se.