A vida é breve, um sopro de luz,
Um instante que ao tempo seduz.
Se eterna fosse, que graça teria,
Sem o fim, que dá cor à alegria?
Quem foi o autor desta criação,
Que enche de mistério o nosso coração?
Um deus, um acaso, um grande enredo,
Ou apenas um sonho que vive em segredo?
Se tudo tivesse um eterno lugar,
Que sentido haveria em continuar?
É o ciclo que gira, o espaço que abrimos,
Para novos rostos, novos destinos.
A beleza da vida está no partir,
Deixar o espaço, saber existir.
Não somos eternos, mas no nosso traço,
Vive a essência que nunca é escasso.
Vivamos, então, com alma e fervor,
Cada segundo, em amor, em ardor.
Pois na despedida, a vida se faz,
E no seu fim, repousa a paz.